A
conflitante direção de Tyler Perry se confunde com produtivos surtos de
transtorno de personalidade limítrofe, durante os quais, desenha protagonistas
de caráter moralmente ambíguos, situações cruéis e doentias
Uma história na qual amargura e ira se exacerbam e tomam para
si totalidade da tela, bem diante dos olhos do espectador atordoado,
impossibilitado de se posicionar diante das cenas que evoluem durante o longa
“Acrimônia” - a narrativa de uma mulher sobre seu conturbado relacionamento
conjugal com um homem, razão da sua raiva corrosiva. Ele, obstinado por seu
projeto de ciência como perspectiva única para conquista de uma vida abastada e
permanentemente estável; ela, a provedora financeira de sua ambição, durante
anos de matrimônio, até o momento em que é decretada a falência financeira do
casal, juntamente com a sua tolerância, reduzida a zero – fato não menos
instigado por suas irmãs e respectivos cônjuges – levando-a, a não menos, que à
decisão pela separação judicial, afastando, ainda mais, a conquista de quem
parece nunca declinar de seu projeto de vida.
A conflitante direção de Tyler Perry se confunde com
produtivos surtos de transtorno de personalidade limítrofe, durante os quais,
desenha protagonistas de caráter moralmente ambíguos, situações cruéis e
doentias sob o manto do verdadeiro amor e da ruptura dos sonhos que se sonham
juntos.
Ao incentivar a participação do espectador diante de suas
reviravoltas dinâmicas, “Acrimônia” evidencia o prolífico roteiro que parece
advertir sobre a pior das hipóteses comportamentais inspiradas na emoção,
independente de gênero, de raça e de status do psiquismo.
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