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“Estrela”: A Segunda Parte da Trilogia ‘Uma Estrela Misteriosa’ de Nando Reis | Música

A segunda parte de seu audacioso projeto triplo

Estrela

“Estrela”: A Segunda Parte da Trilogia ‘Uma Estrela Misteriosa’ de Nando Reis | Música


Nando Reis, em sua incessante busca por inovação e profundidade artística, eleva o cenário musical com a entrega de ‘Estrela’, a segunda parte de seu audacioso projeto triplo, “Uma Estrela Misteriosa”. Após a estreia deUma”, o primeiro volume desta trilogia, Reis mergulha agora no enigmático universo da segunda etapa, explorando os intrincados labirintos dos desejos e das contradições humanas.


O álbum ‘Estrela’ se inicia com a hipnótica faixa-título “Estrela Misteriosa”, uma obra de sete minutos gestada durante os desafiadores dias da pandemia. Este primeiro contato com o disco revela um Reis em sintonia com o misticismo e a introspecção.


Seguindo para “Composição”, a colaboração com o percussionista Pretinho da Serrinha traz um arranjo que enfatiza a dicotomia interna. Nando Reis, com sua lírica perspicaz, examina os opostos e paradoxos que permeiam a experiência humana, encapsulando o tumulto da alma em meio a essas dualidades.


“Pedra Fundamental” emerge como um poético tributo ao amor, explorando a obsessiva circularidade dos pensamentos apaixonados e a serenidade que surge quando a harmonia entre a mente e a composição é alcançada.


A abertura do Lado B, com “Rio Creme”, destaca-se pela exuberância vocal. Nesta faixa, Sebastião Reis e Pedro Lipa se juntam a Nando, formando um quarteto vocal que entrelaça suas vozes com uma maestria que resulta em uma tapeçaria sonora rica e envolvente. Lipa, com sua quarta voz em falsete, adiciona uma camada etérea à melodia principal, criando uma dinâmica de profundidade e complexidade auditiva.


Em “Tentação”, Reis utiliza a metáfora do Sol como símbolo dos desejos inatingíveis. A canção explora a natureza efêmera dos anseios humanos e a dificuldade inerente à renúncia. O título, oriundo da frase "Como apagar o Sol?", sugere uma reflexão sobre a vastidão e o dilema de controlar ou abandonar esses impulsos.


Por fim, “Estuário” oferece um alívio melancólico, agindo como um bálsamo para a saudade e encerrando o álbum com uma nota de introspecção serena. Nando Reis, com sua capacidade única de transcender a experiência musical, reafirma sua posição como um inovador no campo da música brasileira.


Por Paulo Sales


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