Respeitando a essência de Alice Walker e tornando-a acessível a um público contemporâneo
Pontos Positivos
1. Direção e Adaptação: A adaptação de Artur Xexéo traz uma nova perspectiva à obra original, respeitando a essência de Alice Walker e tornando-a acessível a um público contemporâneo.
2. Cenografia Inovadora: A instalação cenográfica em movimento giratório de Natália Lana proporciona uma experiência visual única, enriquecendo a narrativa e permitindo diferentes ângulos de interpretação.
3. Luminotecnia Impactante: A iluminação de Rogério Wiltgen não só destaca a cenografia, mas também acentua as emoções das cenas, criando uma atmosfera envolvente que transporta o espectador.
4. Qualidade do Elenco: O corpo de atores é talentoso e versátil, conseguindo transmitir as complexidades de seus personagens de forma autêntica, o que aumenta a imersão do público na história.
5. Direção Musical Eficiente: Sob a direção de Tony Lucchesi, as músicas ganham nova vida em português, mantendo a essência emocional e a qualidade sonora que atraem tanto os fãs da obra quanto novos espectadores.
6. Temas Relevantes: A abordagem de temas como resiliência, superação e empoderamento feminino torna o espetáculo não apenas uma adaptação artística, mas também um comentário social relevante e atual.
Pontos Negativos
1. Ritmo Desigual: Em alguns momentos, o ritmo do espetáculo pode parecer irregular, com transições entre cenas que podem prejudicar a fluidez da narrativa.
2. Espaço Cenográfico Limitado: Apesar da inovação na cenografia, o uso de um espaço giratório pode limitar a movimentação dos atores em algumas cenas, impactando a dinâmica de interação entre eles.
3. Dependência da Música: Embora as canções sejam um ponto forte, a dependência delas para a construção da emoção pode fazer com que alguns momentos pareçam menos impactantes quando comparados a passagens puramente dramáticas.
Por Paulo Sales
Foto: PSales
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