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A Vida Passou Por Aqui: Uma Trama Tão Simples Quanto Profunda | Crítica | Teatro

Foto do escritor: circuitogeralcircuitogeral

Uma obra sensível e emocionalmente profunda

A Vida Passou Por Aqui

Pontos Positivos:


  1. Direção Sensível e Realista de Alice Borges:

    A direção de Alice Borges é um dos maiores acertos da peça. Sua abordagem realista e minimalista ajuda a transformar uma trama simples em uma reflexão profunda sobre os encontros e desencontros da vida. A alternância de momentos de intimidade e cenas de dança é um destaque, pois contribui para a construção emocional dos personagens, além de dar fluidez à narrativa.


  1. Interpretação de Claudia Mauro e Édio Nunes:

    Os atores principais, Claudia Mauro e Édio Nunes, oferecem performances emocionantes que criam uma química inegável entre os personagens. Suas interpretações tornam a amizade entre Silvia e Floriano algo genuíno, longe dos estereótipos, o que traz uma nova perspectiva para um tema comum como o cuidado e a amizade.


  1. Cenário e Iluminação Precisos:

    O cenário de Mello Marre-se e a iluminação de Paulo César Medeiros trabalham juntos para criar um ambiente que, embora simples, é altamente eficaz em evocar os altos e baixos emocionais dos personagens. A iluminação sutil e bem trabalhada complementa a narrativa, ajudando o público a se conectar emocionalmente com os momentos de reflexão e nostalgia dos personagens.


  1. Profundidade Temática e Reflexão sobre a Vida:

    A peça aborda de forma delicada a efemeridade da vida e as pequenas belezas do cotidiano. Sua mensagem sobre o valor do presente e a importância de aproveitar o agora é comovente e deixa uma marca duradoura no público, despertando reflexões profundas sobre a vida, as relações e o tempo.


Pontos Negativos:


  1. Final Melodramático:

    O final da peça, embora tenha um tom melancólico que muitas pessoas podem achar tocante, pode ser considerado melodramático para alguns espectadores. A tentativa de oferecer um desfecho mais emocional pode parecer previsível e excessivamente sentimental, o que diminui um pouco a originalidade do encerramento.


Por Paulo Sales

foto: MSenna


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