Jurassic World: Recomeço – Uma Jornada sem Sentido na Selva da Franquia | Cinema | Crítica
- circuitogeral
- 3 de jul.
- 2 min de leitura
Uma cápsula vazia de ideias gastas
Jurassic World: Recomeço tenta parecer novo, mas se revela uma cápsula vazia de ideias gastas. Seus poucos méritos visuais ou conceituais são rapidamente ofuscados por uma execução covarde, burocrática e desprovida de qualquer pulsação criativa. O título sugere renascimento — o que recebemos é apenas a lenta decomposição de uma franquia que já teve dentes.
1. Direção de Gareth Edwards e escala visual (6/10) Mesmo em um filme apático, Edwards ainda consegue construir algumas cenas visualmente impressionantes. A grandiosidade está lá — mas falta alma. É o tipo de beleza que brilha, mas não aquece.
1. Roteiro previsível e sem propósito (4/10) Nada novo sob o sol jurássico. A trama é uma colcha de retalhos de clichês da própria franquia, misturada com teorias conspiratórias rasas e um caça ao tesouro esquecível. Um "Ctrl + C, Ctrl + V" sem vergonha.
2. Desperdício temático e filosófico (3/10) A franquia nasceu para discutir ética e ciência. Aqui, essas ideias são apenas enfeites, quando poderiam ser o núcleo. A superficialidade filosófica frustra quem ainda espera mais do que dinossauros correndo.
3. Personagens mal desenvolvidos (2/10) Mesmo com talentos como Johansson e Ali, os personagens não passam de avatares vazios. Arcos mal construídos e diálogos funcionais tiram qualquer chance de apego emocional.
4. Nostalgia vazia (1/10) As referências aos filmes anteriores soam como fanservice preguiçoso. Não há construção emocional ou expansão de legado — apenas piscadelas sem contexto.

Por Paulo Sales
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