Lilo & Stitch (2025): Entre a Solidão e o Infinito, Ainda Existe Ohana | Cinema | Crítica
- circuitogeral
- há 4 dias
- 2 min de leitura
Um tanto estranho, um pouco desajeitado, mas irremediavelmente encantador
Pontos Positivos:
9.5/10 – O núcleo emocional permanece intacto. O coração da história pulsa forte. A relação entre Lilo e Nani, a solidão da infância, o caos do afeto e a importância da família são representados com uma honestidade tocante. O filme não só resgata, como respeita a alma do original.
9.3/10 – Escalação certeira do elenco. Maia Kealoha brilha intensamente como Lilo, com uma atuação que equilibra inocência e intensidade. Sydney Agudong emociona como Nani, trazendo camadas silenciosas e reais à personagem. A química entre ambas é um dos pilares emocionais do remake.
8.8/10 – Humor excêntrico bem dosado. Zach Galifianakis (Jumba) e Billy Magnussen (Pleakley) entregam humor que se encaixa no tom da narrativa. O nonsense é acolhido sem romper o laço com o drama — um equilíbrio difícil que o filme, surpreendentemente, consegue manter.
8.6/10 – Ambientação havaiana preservada. A representação do Havaí continua a ser um sopro de identidade cultural. A fotografia capta o calor, as cores e o espírito da ilha com respeito e charme visual.
8.1/10 – Trilha sonora nostálgica. A presença de Elvis Presley ainda embala o filme com charme retrô e afeto, evocando a atmosfera do original sem parecer forçada.
Pontos Negativos:
6.9/10 – Impacto emocional menos mágico. A transição para o realismo pesa. O live-action traz uma gravidade que mina parte da leveza poética da animação original. As dificuldades da vida, quando mostradas com verossimilhança, se tornam mais áridas do que encantadoras.
6.2/10 – Ritmo emocional irregular. Há momentos em que o filme hesita entre o drama
pesado e a leveza cômica, o que gera uma oscilação de tom. A linha entre sensível e meloso ou entre engraçado e fora de lugar é, às vezes, mal calibrada.
Veredito final:
Nota geral reluzente: 8.4/10 O live-action de Lilo & Stitch é como seu protagonista: um tanto estranho, um pouco desajeitado, mas irremediavelmente encantador. Falta-lhe a magia livre da animação, mas sobra-lhe coração e coragem emocional. Não substitui o original — e nem deveria —, mas se sustenta como uma homenagem sincera e humana ao poder dos laços improváveis.
Por Paulo Sales

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