Não consegue atingir a sua meta por mero esvaziamento de seu potencial
resenha: psales e msenna
Nosso Amigo Extraordinário - roteiro intrigante
Uma ousada, porém, infeliz tentativa de mixagem entre comédia dramática e ficção científica – "Nosso Amigo Extraordinário" não consegue atingir a sua meta por mero esvaziamento de seu potencial. O filme apresenta um enredo intrigante, centrado em um idoso interpretado por Ben Kingsley, que parece sofrer de perda de memória e afirma ter encontrado um alienígena em seu quintal. A filha do idoso, preocupada com a saúde de seu pai, se vê dividida entre crença e preocupação.
A premissa do roteiro é instigante, em especial para um público mais maduro, interessado em explorar temas relacionados à velhice e à imaginação. No entanto, a direção de Marc Turtletaub não estabelece a necessária sólida relação entre drama terreno e aventura intergaláctica, dificultando a conexão do espectador e, consequentemente, o seu envolvimento emocional com a história.
O filme mantém um tom ameno ao longo de sua narrativa, o que afasta de si qualquer possibilidade de monotonia. Ao mesmo tempo, não se define como comédia ou como uma sci-fi amparada por um ranço de seriedade – uma indecisão que prejudica a coesão geral da obra, liberando o espectador de questionar sobre o cerne da mensagem a ser transmitida.
A despeito de suas falhas, "Nosso Amigo Extraordinário" possui um charme inegável que o torna passível de ser assistido e tolerado, muito embora não se destaque como obra memorável que oferece uma ideia de roteiro intrigante, mas que não a executa de maneira satisfatória.
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