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Quarteto Fantástico: Primeiros Passos - Para o infinito... e, se der, de volta para casa a tempo do jantar em família | Cinema | Crítica

A vibe é incrível... até o roteiro lembrar que precisa ficar sério


PONTOS POSITIVOS 


1. Estética retrofuturista dos anos 60 – 9/10 “Jetsons Cinematográficos” 

A Terra 828 parece ter sido projetada por designers que viveram nos anos 60 e achavam que o futuro teria carros voadores e discos de vinil com gravações alienígenas. A vibe é incrível... até o roteiro lembrar que precisa ficar sério.


2. Elenco principal – 8/10 “Contratações que salvaram o dia (quase)” 

Pedro Pascal é carismático mesmo quando está apenas esticando o rosto de preocupação. Vanessa Kirby faz o impossível: dá vida à Mulher Invisível sem desaparecer no processo. Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach brilham, mesmo quando o roteiro os apaga.


3. Trilha sonora de Michael Giacchino – 7,5/10 “Orquestra com gosto de milk-shake” 

Giacchino entende o tom... até o tom mudar. Ele tenta salvar o clima com seu jazz espacial animado, mas até o maestro se cansa quando o filme entra no túnel escuro da ameaça cósmica.


4. HERBIE – 6/10 “Robô com carisma retroativo” 

HERBIE é o tipo de personagem que deveria ter seu próprio spin-off antes mesmo do Blu-ray sair. Pena que ele tem menos tempo de tela do que os efeitos de partículas cinzentas.


5. Primeira metade do filme – 7/10 “Matinê de super-heróis que funciona” 

Durante cerca de 40 minutos, o filme parece uma carta de amor a Os Incríveis, Os Jetsons e as matinês perdidas da infância. Depois disso, o amor vira cobrança judicial.



PONTOS NEGATIVOS


1. Segunda metade do filme – 2/10 “Virou outro filme e não avisou ninguém” 

Tudo que era colorido, divertido e ágil vira uma massa de CGI cinzenta e diálogos apocalípticos. Galactus chega, o tédio também.


2. Surfista Prateado genérico – 3/10 “Nobre, etéreo e completamente sem alma” 

Julia Garner faz o possível, mas o personagem é um monólogo metafísico ambulante. Você sente que deveria se importar, mas está mais interessado na luminária vintage do cenário.


3. Desperdício dos poderes – 4/10 “Quarteto Fantástico, sem o fantástico” 

Sr. Fantástico não se estica (literalmente) em quase nenhuma cena de ação. Tocha Humana parece uma lanterna em pane. Coisa faz pouco além de bufar. Mulher Invisível até tenta, mas seu grande momento é... uma conversa sobre gravidez?


4. Subtramas irrelevantes – 2/10 “O bairro da infância do Coisa NÃO É UM ARCO!” 

Entre salvar o universo e comprar biscoitos, adivinha o que o filme escolhe mostrar? Pois é. Drama doméstico mal escrito não é profundidade, é enrolação.


5. Roteiro Frankenstein – 3,5/10 “Quatro roteiristas entram num bar, ninguém sai com coerência” 

A narrativa alterna entre sitcom espacial e ópera cósmica sem ritmo, coesão ou direção emocional. Cada ato parece escrito por uma equipe diferente com instruções confusas.


6. Galactus – 1/10 “O apocalipse mais sonolento do multiverso” 

É um monstro cósmico que come planetas, mas aqui ele parece só um chefe de RH do além-marvel, sem personalidade, sem presença, sem um plano convincente.


Pontuação total: 5,5/10 “Primeiros Passos com sapatos de chumbo.”

O filme tem charme, estilo e até coração, mas troca tudo isso por uma fatia requentada da fórmula Marvel na hora que mais precisava arriscar. Um retrocesso mascarado de renascimento.


Por Paulo Sales

Quarteto
2022

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