Superman: Um Ícone Reduzido a Marketing Nostálgico | Crítica | Cinema
- circuitogeral

- 9 de jul.
- 2 min de leitura
Ideal para quem procura superfície, mas frustrante para quem espera profundidade
PONTOS POSITIVOS
Fisicalidade de David Corenswet: 8.8/10
O novo Superman é, visualmente, o molde ideal. A simetria facial, o porte atlético, o sorriso ensaiado — tudo está em seu lugar. Um avatar perfeito.
Ritmo Narrativo: 7.5/10
A estrutura flui com precisão. Não há grandes pausas ou barrigas narrativas. Tudo segue como planejado… talvez até demais.
Leveza e Humor (calculado): 6.9/10
Piadas pontuais e um tom mais leve tentam trazer um frescor à figura mítica do herói. Funciona — quando não parece ter sido aprovado por comitê de RH.
Inclusão de Personagens Secundários: 6.1/10
A tentativa de montar uma proto - ‘Liga da Justiça’ tem energia de spin-off corporativo, mas mostra ambição de universo compartilhado.
PONTOS NEGATIVOS
Densidade Emocional: 2.4/10
O filme tenta emocionar com gestos simbólicos e diálogos esperados, mas falta alma. O impacto emocional é comparável ao de um comercial de fim de ano.
Profundidade Ideológica: 3.0/10
Apesar da maquiagem progressista, o subtexto político soa genérico e engessado. As intenções são nobres, mas a execução escorrega em estereótipos e simplificações.
Atuação de Lex Luthor (Nicholas Hoult): 3.3/10
Uma performance inofensiva demais para um vilão icônico. Mais CEO ansioso do que gênio do mal. Zero ameaça, 100% desconforto.
Relação Clark-Lois: 4.2/10
Roteiro diz que há química. Tela mostra um algoritmo de relacionamento amoroso. Conversas rápidas, figurino estiloso e nenhuma conexão autêntica.
Presença Dramática de Superman: 4.9/10
Corenswet entrega o visual, mas não a alma. Parece um modelo 3D renderizado com falas pré-programadas. Está ali, mas não pertence.
Alegoria Política e Representação: 3.6/10
Ao tentar incluir temas globais, o filme tropeça em um paternalismo disfarçado. Populações racializadas olham para o herói branco com reverência incômoda.
Originalidade: 5.0/10
Há lampejos de ousadia, mas a maior parte do filme é feita de escolhas seguras e previsíveis. Nada realmente novo, só reciclado com verniz atual.
MÉDIA GERAL ARTIFICIAL: 5.4/10
Por Paulo Sales








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