Meu Álbum de Amores - Aprofundamento contemporâneo | Circuito Geral | Crítica
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Meu Álbum de Amores - Aprofundamento contemporâneo que não torna a história enfadonha

Atualizado: 11 de out. de 2023

Uma homenagem ao gênero musical brasileiro conhecido como “brega”

resenha: msenna


Como compreender o amor de uma pessoa por outra sem conhecer a história de vida daquele que ama?


A resposta para essa pergunta pode ser encontrada no novo filme de Rafael Gomes – ‘Meu Álbum de Amores’, ao esmiuçar a vida de um famoso cantor brega dos anos 1970 que, antes de morrer, reconhece a paternidade de dois jovens vividos por Felipe Frazão e Gabriel Leone – que também faz o papel do pai relapso.


Embora o longa não recorra a um texto convincente, reside em sua narrativa, um aprofundamento contemporâneo que não torna a história enfadonha, mas um tanto quanto confusa – inclusive na autodescoberta dos protagonistas que se mistura com números musicais do falecido pai.


A jornada dos filhos em busca do grande amor do progenitor – a linha mestra do roteiro e que deveria ser o combustível emocional junto ao espectador - assume uma previsível recorrência ao longo da capitulação do longa que fragiliza os personagens ao deixá-los vulneráveis à subversão do amor, seja ele romântico ou paterno.


Os diversos números musicais apresentados por Odair José – que apresentam a trilha sonora resultado da parceria desse cantor brasileiro de estilo popular-romântico com o músico, poeta e compositor Arnaldo Antunes, responsável pelas letras – impõem-se de forma excessiva e, em alguns momentos, intrusiva, apesar da intenção evidente de prestar uma homenagem ao gênero musical brasileiro conhecido como “brega”.


Ao encerrar a Trilogia dos Corações Sentimentais que teve início em 2018 com ‘45 Dias Sem Você’, seguido por ‘Música Para Morrer de Amor’ em 2019 e fechando com ‘Meu Álbum de Amores’, Rafael Gomes tenta encontrar a melhor forma de transmitir a verdadeira emoção humana dos jovens – em parte ou inteiramente identificados com a comunidade LGBTQIA+ – vivendo em ambientação urbana, com questões amorosas, educacionais e emocionais, imersa em atmosfera musical, como uma fórmula definida pelo intelecto desapegado da realidade.

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