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Pluft o Fantasminha - Temas que trafegam pelo medo, pela coragem e pelas relações de amizade

Atualizado: 11 de out. de 2023

Perde a chance de atualizar a dinâmica da história

resenha: psales e msenna


Na contramão dos estímulos infantis provenientes das mídias digitais, a resistência se faz presente através do resgate de uma história simplória no sentido amplo da ingenuidade presente em sua narrativa, mas repleta de conteúdo que informa e que forma o público infanto-juvenil sobre e para a vida, a partir de temas que trafegam pelo medo, pela coragem e pelas relações de amizade.


Trocando em miúdos, estamos falando de uma das mais famosas obras da dramaturga Maria Clara Machado, escrita em 1955 – “Pluft, o fantasminha” que tem medo de gente, mas que tem sua coragem aflorada em defesa da menina Maribel, quando raptada pelo terrível pirata Perna-de-Pau, agraciada pela versão cinematográfica sob a direção de Rosane Svartman.


Lamentavelmente, o olhar da diretora, associado ao roteiro de Cacá Mourthé e José Lavigne, perde a chance de atualizar a dinâmica da história, contextualizada no apanhado de um tempo pertencente a uma geração embalada com temas perenes e que transcendem a realidade, na mesma proporção da demanda infanto-juvenil por ação, pelo faz-de-conta em parceria com a realidade e pela necessidade de interação do público infantil com os personagens. Tal proeza conquistada pelos espetáculos teatrais, e atualmente pelos games, acaba sendo relegada à passividade enquanto negligenciada pelas versões voltadas aos veículos audiovisuais, que sequer o investimento em recursos 3D é capaz de salvar.


Abraçando a atmosfera da história, repleta de inocência, Juliano Cazarré dá vida ao caricata vilão pirata Perna-de-Pau com a mesma paternidade que Fabíula Nascimento doa a sua maternidade ao se entregar à Dona Fantasma, mãe do fantasminha protagonista. Assumindo os coadjuvantes Sebastião, João e Julião – amigos da menina Maribel – o trio Arthur Aguiar, Lucas Salles e Hugo Germano encenam caras, bocas e trapalhadas bem no estilo tatibitati, já há muito explorado por comediantes solo e por grupo de comediantes, em tempos cuja exigência para extração de risadas fazem parte de um passado não muito remoto. Lola Belli como Maribel e Nicolas Cruz como Pluft, apesar da pouca carga de experiência na dramaturgia, se entregam aos seus personagens com naturalidade e lhes imprimem a verdade mergulhada na fantasia concebida pela autora.


Nada garante sucesso de bilheteria para “Pluft, O Fantasminha”, mas a produção vale como um primeiro longa que poderia ter sido simplesmente baseado na história original de Maria Clara Machado, abrindo espaço para uma realização contemporânea concebida a partir de dose generosa de criatividade como o fora o texto teatral original.


Nicolas Cruz

Pluft

Juliano Cazarré

Pirata Perna de Pau

Lola Belli

Maribel

Arthur Aguiar

Sebastião

Lucas Salles

João

Hugo Germano

Julião

Fabíula Nascimento

Dona Fantasma


Direção

Rosane Svartman

Distribuição

Downtown

Produção

Raccord Filmes

Coprodução

Globo Filmes e Gloob

Roteiro

Cacá Mourthé e José Lavigne

Produtora

Clélia Bessa

Fotografia

Dudu Miranda

Direção de Arte

Fabi Egrejas

Figurino

Márcia Svartman

Maquiagem

Mari Figueiredo, Cacá Zech

Som Direto

Álvaro Correa

Produção de Finalização

Juca Diaz

Supervisão de Efeitos Visuais

Sandro Di Segni

Produção Executiva

Diogo Dahl, Clélia Bessa

Produtores Associados

José Alvarenga Jr., Bruno Wainer

Produção de Elenco

Cibele Santa Cruz

Direção Musical

Tim Rescala

Montagem

Natara Ley, Wellington Dutra

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