A revisitação de momentos históricos e o reencontro com personagens icônicos são tocantes e proporcionam uma sensação de nostalgia, que atrai o público pela conexão emocional com o passado da arte brasileira

Não Me Entrego, Não: O Legado Emocional e Simbólico de Othon Bastos no Palco | Crítica | Teatro 19/11/2024 teatro vannucci
Pontos Positivos
Presença Magnética de Othon Bastos:A atuação de Othon Bastos é o principal ponto forte do espetáculo. Sua presença no palco é poderosa, cativando a plateia com sua energia única e habilidade de reinterpretação. Sua performance não depende de artifícios, o que reforça a autenticidade do espetáculo.
Simplicidade Carregada de Significado:O cenário minimalista, projetado por Ronald Teixeira, é uma escolha acertada, pois transmite simbolismo sem recorrer a excessos visuais. A iluminação de Paulo Cesar Medeiros, igualmente comedida, complementa essa abordagem, criando uma atmosfera intimista e reforçando a essência da atuação de Bastos.
Reflexão Profunda e Nostálgica:O monólogo cronológico da peça oferece uma viagem emocional pela carreira de Othon Bastos. A revisitação de momentos históricos e o reencontro com personagens icônicos são tocantes e proporcionam uma sensação de nostalgia, que atrai o público pela conexão emocional com o passado da arte brasileira.
Ponto Negativo
Ausência de Reflexão Crítica sobre o Contexto Cultural Atual:A peça evita se engajar com questões mais urgentes que afetam o cenário cultural contemporâneo, como a precarização das artes no Brasil e a crise das políticas culturais. Embora toque de forma breve nessa realidade, a peça não vai além, deixando de provocar uma reflexão mais incisiva sobre os desafios atuais enfrentados pelos artistas.
Por Paulo Sale
Foto: MSenna

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