Lola Young: “I’m Only F**king Myself” - Como ferrar a própria vida com estilo britânico
- circuitogeral

- há 4 dias
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É aquele tipo de álbum que te faz pensar: “ok, talvez eu também precise rever minhas escolhas…

Lola Young: “I’m Only F**king Myself” - Como ferrar a própria vida com estilo britânico
Lola Young voltou, e desta vez parece que decidiu transformar a terapia em disco e cobrar ingresso. “I’m Only F**king Myself” é aquele tipo de álbum que te faz pensar: “ok, talvez eu também precise rever minhas escolhas… ou pelo menos ouvir isso bebendo um vinho de R$ 30 fingindo que entendo de arte”.
Desde o título, Lola já deixa claro o clima da obra: nada de sutilezas, nada de metáforas fofas com flores e luas. É direto ao ponto, eu mesma tô me ferrando, obrigada por perguntar. O disco é uma mistura de desabafo, ressaca moral e voz potente o suficiente pra fazer seu ex repensar a vida (ou pelo menos te mandar mensagem às 2h da manhã dizendo “saudades”).
Produzido pelos mesmos caras que já trabalharam com Doja Cat e SZA, o álbum tem aquela vibe “sou caótica, mas com groove”. Cada faixa parece uma conversa com o espelho depois de um término ruim, só que com mais talento vocal e menos choro feio. Em vez de buscar redenção, Lola prefere expor suas próprias falhas com um orgulho quase inspirador, tipo quem faz uma cagada e ainda posta nos stories com filtro preto e branco.
“One Thing”, o hit que já está no Top 20 do UK Singles Chart, é a prova de que sofrimento dá stream. E o resto do disco segue o mesmo caminho: letras sobre vícios, autossabotagem e escapismo, tudo embalado numa produção elegante o bastante pra fazer você achar bonito o fato de alguém estar admitindo que não sabe lidar com a própria vida.
Lola canta como quem confessa um crime emocional, e a gente ouve como quem bisbilhota o diário de alguém talentoso demais para esconder suas crises. É intenso, às vezes sombrio, e sempre um pouco debochado tipo se Amy Winehouse tivesse feito terapia e postado os resultados no TikTok.
No fim, “I’m Only F**king Myself” é um lembrete sincero (e irônico) de que, às vezes, o maior vilão da sua história é você mesmo, mas, pelo menos, dá pra transformar isso em um álbum excelente.
Uma sessão de autodestruição em alto estilo, com trilha sonora digna de quem faz drama, mas faz bem feito.










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